Sobre os livros

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"...eles são, é claro, escrito para um público minoritário, adultos, altamente sexuados, altamente inteligentes, tanto homens como mulheres. Isso limita leitores, mas, penso eu, melhora a sua qualidade." (John Norman)

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Os três pilares de Gor - Luther Scroll N°23



Os três pilares de Gor - Luther Scroll N°23

O entendimento efetivo da mente Goreana requer o entendimento das diferenças entre as sociedades de Gor e da Terra.
A sociedade civilizada de Gor possui três instituições sociais primárias que diferem em muito das instituições da Terra. Por Gor civilizada, entendam-se as cidades e vilas que compõem a sua geografia e não povos como os Torvaldslanders, Wagon Peoples, Red Savages e Red Hunters.
Essas três instituições permeiam a sociedade Goreana e a fazem um mundo vastamente diferente da Terra. Elas não são as únicas diferenças, mas são talvez os mais importantes pontos que fazem o povo da Terra ter dificuldade em entender Gor.

Os três pilares de Gor civilizado são a HOMESTONE, o SISTEMA DE CASTAS e a ESCRAVIDÃO. Cada um desses três itens é essencial para a sociedade Goreana. A Terra, por exemplo, não tem nada parecido com o conceito de Home Stone. O patriotismo brasileiro, evidenciado pelo amor à bandeira nacional é uma pálida comparação ao conceito de Home Stone. A India é um dos últimos bastiões da terra com um sistema de castas e este é ainda muito diferente do sistema usado em Gor. A escravidão existe ainda em alguns cantos da Terra, mas nem chega perto do que há na Contra Terra. Entender essas três áreas irá ampliar a compreensão sobre a mente Goreana. Isso o tornará mais hábil para pensar e agir de maneira mais Goreana em seu RP.

Home Stone

"Não pergunte a um Goreano o que a Home Stone significa, porque ele não vai entender a sua pergunta. Isso o aborrecerá. É apenas HOME STONE". (Magicians of Gor - pgs 485-6)

Definir o conceito de Home Stone é uma tarefa difícil. É um conceito cultural que resiste a definição pelos forasteiros e não precisa de definição na própria sociedade. "Não é uma palavra, ou uma sentença. Não tem tradução. É tão importante, tão preciosa, tão significativa... Apenas isto" (Magicians of Gor, pg 485). A Home Stone tem um significado muito profundo para um goreano. A palavra GOR quer dizer Home Stone em todas as linguagens do planeta. Poderia se tentar dar uma ideia do básico sobre uma Home Stone e ainda assim seria insuficientemente longe da verdade para se definir a sua ideia.

Goreanos veem suas cidades quase que como coisas vivas. Eles veem suas cidades como uma entidade com uma história, tradição, descendência, costumes, práticas, caráter, instituições e desejos. "Ser de" uma cidade dá à pessoa um sentido de imortalidade, mesmo que os Goreanos saibam que uma cidade possa ser destruída. Esse amor pelas suas cidades é investido na Home Stone, que, em muitos aspectos é a verdadeira alma da cidade. A Home Stone seria, então, um valioso símbolo territorial e de soberania.

Home Stones podem ser de várias formas, tamanhos e cores. Não há padrão para elas. Algumas são intrincadamente entalhadas, enquanto outras tem apenas uma única letra nelas, a inicial da cidade. Algumas grandes cidades têm pequenas pedras de grande antiguidade. A Home Stone de Ar é aceita por tradição como sendo a Home Stone mais antiga de Gor. Outras cidades apenas mais recentemente adotaram Home Stones. Port Kar adotou uma Home Stone em 10120 C.A.  Uma pedra foi retirada de uma de suas ruas, Tarl Cabot riscou as iniciais da cidade nela e o povo a aceitou como deles.

No passado remoto, nas vilas de camponeses, cada cabana era construída em volta de uma pedra polida colocada no centro da habitação circular. A pedra era esculpida com o sinal da família e chamada de Home Stone. Cada camponês com sua cabana assim se tornava soberano. Mais tarde, Home Stones foram usadas por vilas, algumas pequenas e grandes cidades. Nas vilas, as Home Stones eram normalmente colocadas na área do mercado. Em muitas cidades, ela é colocada livremente no tropo da torre mais alta, sendo muito bem guardadas. A única coisa que se precisa para ter uma Home Stone é alguém, ou um grupo, decidir ter uma.

Não é clara a origem para as Home Stones, ainda que existam vários mitos sobre elas. Uma das lendas mais populares envolve Hesius, o mítico primeiro homem de Gor. Hesious teria prestado grandes serviços aos Priest Kings, que prometeram a ele uma recompensa maior que ouro ou prata. Quando ele terminou suas tarefas, ele foi presenteado com um pedaço de rocha polida com um único caractere inscrito sobre ela, a primeira letra do nome de sua vila natal. Hesius desafiou os Priest Kings, sentindo-se trapaceado. Então, como resposta ouviu que sim, que a pedra era muito mais valiosa que ouro ou prata, e que era chamada de GOR, ou seja Home Stone,

Hesius trouxe a pedra para sua vila, na época vivendo uma guerra entre facções, e a colocou no mercado, dizendo aos habitantes o que os Priest Kings haviam lhe dito. Um sábio homem atestou que ela deveria ser realmente de muito valor, já que assim tinham falado os Priest Kings. As facções em luta quiseram saber a quem a Home Stone pertencia e Hesius disse que ela seria de todos da vila. Todas as facções baixaram suas armas e a paz voltou a essa vila. Essa vila se chamava Ar.

Onde um homem coloca sua Home Stone ele reclama, pela lei, aquela terra para si. "A Home Stone diz: este lugar é meu, esta é a minha casa." (Slave Girl of Gor, pg 394). A posse comum de uma Home Stone une o povo e eles irão apoiar e proteger todos aqueles que compartilharem essa Home Stone. Alguns almejam ou sonham com uma única Home Stone para todo Gor. Outros acreditam que os Priest Kings possuem tal pedra e essa é a fonte do seu poder. "Um palácio sem uma Home Stone é um barraco. Um barraco com uma Home Stone é um palácio". (Slave Girls of Gor, pg 142)

A Home Stone é o centro de vários rituais em cada cidade, como a Festa da Plantação de Sa-Tarna, em Ar. Cada cidade tem uma cerimônia onde crianças que atingem a maturidade intelectual prestam um juramento de lealdade à cidade, enquanto tocam ou beijam a Home Stone. Essa cerimônia pode, também, requerer o aval dos já cidadãos. Outro pré-requisito pode ser o questionamento por um comitê de cidadãos para determinar o mérito de pertencer ou não à cidade. Não participar dessa cerimônia pode significar a expulsão da cidade. A pessoa pode renunciar a uma Home Stone e mudar sua cidadania para outra cidade, mas raramente isso é feito. Não se pode ser cidadão de uma cidade sem comprometer-se com sua Home Stone. Não se pode pertencer a duas Home Stones de cidades diferentes.

Pode-se possuir duas Home Stones, de acordo com a natureza hierárquica delas. Mas essas hierarquias tem que encaixar. É por isso que não se pode pertencer a duas Home Stones de duas cidades diferentes, pois estariam fora de hierarquia. A pessoa pode ter uma Home Stone pessoal e pertencer à Home Stone de uma cidade. Se a pessoa vivia em uma pequena vila que foi submetida a uma entidade maior, como por exemplo é o caso de Tetrapoli - formada pelo agrupamento de quatro pequenas vilas - então ela pode possuir a Home Stone da pequena vila e da entidade maior. Sendo assim, uma pessoa pode ter três Home Stones. A pessoal, da vila e da entidade maior.

Roubar uma Home Stone é um sacrilégio hediondo e punido com a mais dolorosa das mortes. Ao mesmo tempo, é a maior de todas as glórias roubar a Home Stone de uma outra cidade. Em Tarnsman of  Gor, Tarl Cabot rouba a Home Stone de Ar. Isso lhe dá glória aos olhos de muitos, mesmo que Ar queira que ele morra de forma horrível. Mesmo quando Tarl e Marlenus se tornam quase amigos, Marlenis não consegue perdoá-lo pela ofensa. Como Ubar, Marlenus nunca poderia fazer isso. O roubo de uma Home Stone não significa, a priori, um indicador da morte de uma cidade.

Enquanto uma Home Stone sobrevive, também sobrevive a cidade. Quando Ko-ro-ba foi destruida pelos Priest Kings, Matthew Cabot guardou a Home Stone, o que manteve a cidade viva. Ainda que toda a população tivesse se espalhado por Gor e nenhum prédio tenha sobrado em pé onde antes existia a cidade, a sobrevivência da Home Stone garantia que a cidade ainda estava viva. Ko-ro-ba foi reconstruida mais tarde em volta dessa Home Stone e na mesma localização.

Roubar uma Home Stone não é uma tarefa fácil e requer grandes reservas de resistência para aqueles que desejam isso. "Ninguém disputa fácil a passagem com alguém que carrega sua Home Stone" (Nomads of Gor, pg 1). Mesmo o mais treinado guerreiro deveria ser muito cauteloso com um simples camponês carregando sua Home Stone. A lealdade e o orgulho a sua Home Stone parece abrir as comportas de forças escondidas. Quando diretamente ameaçado, um Goreano é capaz de suplantar muitos obstáculos para garantir a segurança de sua Home Stone.

Uma Home Stone unifica o povo da cidade. Inspira intensa lealdade, grande o bastante para que todos morram para protegê-la. Existe um ditado popular em Gor que diz que "quando se fala sobre a Home Stone deve se ficar em pé, porque questões de honra estão sendo envolvidas" (Tarnsman of Gor pg 27). Isso é levado ao extremo, onde um homem pode ser executado por não se colocar de pé quando fala de sua Home Stone. Não existe símbolo na Terra que tenha função similar a uma Home Stone. Patriotismo à bandeira é apenas uma pálida analogia. Goreanos desprezam a Terra porque ela não possui Home Stone. Então, não existe razão porque não escravizar pessoas da Terra.




Sistema de Castas

A sociedade Goreana possui um Sistema de Castas firmemente estabelecido e praticamente todas as Pessoas Livres pertencem a uma Casta. O Sistema de Castas é um componente vital para a sociedade Gorena civilizada. Na forma mais básica, a Casta é a profissão. No entanto, há muito mais envolvido no Sistema, do que isso. A Casta define os códigos de conduta, determina de forma genérica com quem a pessoa irá interagir, demarca posições na hierarquia Goreana e muito mais. A Casta define muito quem é uma pessoa em Gor, muito mais do que qualquer emprego na Terra poderia.

Existem três categorias básicas fora do Sistema de Castas: Priest Kings, outlaws (foras-da-lei) e escravos. Priest Kings são os "deuses" de Gor e vivem escondidos nas Montanhas Sardar. Um homem que recusa a praticar sua profissão ou tenta alterar seu status sem o consentimento do Conselho de Altas Castas é, por definição, um outlaw. Outlaws não pertencem a cidade alguma e normalmente vivem escondidos nas florestas, montanhas e outras áreas isoladas. Outlaws não possuem qualquer identificação em suas vestimentas. Muitas cidades empalam outlaws quanto eles tentam entrar pelos seus portões. Existem pouquíssimos outlaws em Gor e cair a esse nível é um grande ônus. Escravos são considerados propriedade e não têm status no Sistema de Castas. Qualquer Casta que por ventura tivessem, é retirada deles quando escravizados.

Existem ainda algumas pessoas que não se enquadram nessas três categorias primárias, mas ainda assim estão fora do Sistema de Castas. Existem pessoas que perderam a Casta ou foram privadas dela por várias razões. Algumas nasceram fora do Sistema. Algumas poucas ocupações não são tradicionalmente associadas a uma Casta: jardinagem, serviço doméstico e pastoreio. Existem algumas culturas e povos em Gor sem o Sistema de Castas, mas estes são considerados bárbaros e não uma parte de Gor civilizado. Isso inclui Wagon People, Torvaldslanders, Red Savages e as tribos do Tahari. Todo esse povo não é considerado outlaw e entra nas cidades livremente.

Castas são primariamente determinadas pelo nascimento. Crianças adotam a casta do pai. Se a não não compartilha a casta do pai, poderia haver um problema, no final do contrato de Free Companionship. Nesse caso, faz sentido que as crianças deveriam permanecer com o pai, já que pertencem à sua casta. A Casta um assunto muito importante para que as crianças sejam deixadas com quem não é de sua casta. Se a mãe compartilha da casta do pai, então a criança poderia ficar com um ou com outro. No entanto, os livros não deixam claro o que acontece quando termina o contrato de Free Companionship.

O Sistema de Castas tem pouca mobilidade vertical, mas a oportunidade existe. Mudar de casta nem sempre é tarefa fácil. Free Companionship é um método para Mulheres Livres mudarem. Normalmente relações se limitam à mesma casta. Mas se ocorrem entre Castas, a mulher pode optar por manter a sua própria, ou adotar a do parceiro. Isso pode servir a ela para subir de Casta. Geralmente a mulher não mudaria para uma casta mais baixa. Apesar de ter a Casta modificada, a mulher não poderia praticar totalmente sua nova Casta até que estivesse total e propriamente treinada e preenchesse todos os pré-requisitos. Outra forma de homem ou mulher mudar sua Casta é mostrar habilidade. Isso serve para subir ou descer. Para baixar de Casta por prova de habilidade, o Conselho da Casta toma a decisão. Para subir de Casta ou sinceramente mudar a Casta, o Alto Conselho da cidade deve aprovar a mudança, baseada nas qualificações para a nova Casta e a sinceridade da nova Casta em aceitar o pretendente. Mulheres são promovidas ou rebaixadas pelos mesmos critérios que os homens, apesar de existirem variações entre cidades.

Para muitos Goreanos, no entanto, é impensável mudar de Casta. A maioria dos Goreanos é orgulhoso de sua casta, mesmo camponeses e operários. É reconhecido que todas, ou pelo menos a grande maioria, das Castas realiza tarefas necessárias, úteis e recomendáveis. As habilidades são apreciadas pelos outros e geralmente valorizadas. Cada Casta vê a si mesma como especial, de alguma forma. Cada Casta tem seu lugar e importância na sociedade Goreana. Os trabalhadores em Metal atestam: "o que seria dos moradores das cidades sem nós?" (Dancer of Gor pg 293). Essa é uma maneira de dizer que suas habilidades são essenciais para a civilização. Até mesmo a mais baixa das Castas, os camponeses, considera a si mesmos os "boi onde a Home Stone descansa". Eles são aqueles que produzem a comida para todas as outras Castas.

Apesar deste respeito pelo papel de cada Casta na sociedade Goreana, a discriminação de Castas é muito comum "Linguagem e cidade, e casta, contudo, são assunto de grande importância para eles, e produzem base suficiente para as discriminações nas quais os seres humanos encontram enorme prazer." (Beasts of Gor p 156). Entretenimento e Free Companionship geralmente seguem as linhas da Casta. Várias castas e camponeses não entrariam em uma taverna da Alta Casta. Muitas Castas não usariam um arco longo, visto ser uma arma de camponeses. O Duplo Conhecimento é um método de discriminação, existente para manter Castas Baixas em seus lugares, As Castas Baixas geralmente não possuem direito a voto, nem tem participação no Alto Conselho. As Castas são ranqueadas da mais alta para a mais baixa, o que por si significa que algumas são melhores que outras.

Castas são divididas em Altas e Baixas. Existem apenas cinco altas castas: Iniciados, Escribas, Construtores, Clínicos e Guerreiros. Cada uma possui sua cor, respectivamente: branca, azul, amarela, verde e vermelha. A ordem apresentada também é sua ordem de importância, na hierarquia de Gor. As Altas Classes elegem um Administrador e um Conselho da Cidade. Há subcastas dessas mesmas castas. Por exemplo, cartógrafos e advogados pertencem à Casta dos Escribas. As Baixas Castas incluem todas as outras, tais como assassinos, padeiros, lavadeiras, carregadores de madeira, carvoeiros, tecelões, cosmeticistas, pintores, coureiros, trabalhadores em metal, músicos, camponeses, ceramistas, cuteleiros, cantores, poetas, ferreiros, tarnkeepers, negociantes de vinhos... Existem muito mais castas e subcastas. Essas Castas também são distribuídas em ordem de importância e os camponeses são a última posição nessa ordem.

Cada casta tem seu próprio Código para governar a conduta de seus membros. "Os ensinamentos éticos de Gor , ..., um grupo de Códigos de Castas, volições de aforismos cujas origens se perdem na antiguidade". (Tarnsman of Gor, pg 40-41) Infelizmente os livros dão poucos detalhes sobre os Códigos das diferentes Castas. Apenas a Casta dos Guerreiros possui detalhes significantes de seus Códigos. Estes são de vital importância para os membros da Casta seguido por todos de forma generalizada. "São os Códigos que separam os Homens de sleens e larls" (Slave Girl of Gor pg 227). Falhar no cumprimentos dos Códigos pode levar a sanções da Casta.

Pertencer a uma casta também traz alguns privilégios. A caridade é administrada através da estrutura de Castas. Goreanos não incentivam a mendicância e muitos veem isso como um insulto. Quando a caridade é necessária, a Casta ou o clã vem em resgate. Santuário de Casta, a proteção de membros em tempo de necessidade, é um outro privilégio. Uma Casta protege seus próprios membros e forma uma unidade coesa. Direitos de Casta são hereditários e a pessoa os assume automaticamente, mesmo que nunca pratique as atividades profissionais da Casta.

Não se pode praticar o ofício de Casta até terminar o aprendizado, mas algumas tarefas subsidiárias podem ser realizadas durante o aprendizado. Um trabalhador em metal, por exemplo, que ainda não terminou seu aprendizado, poderia estar apto a pintar o ferro, ou transportá-lo. Dessa forma, a Casta consiste em membros completamente treinados e trabalhando, aprendizes e membros não praticantes. Mulheres de uma Casta com frequência não se engajam no trabalho da Casta. Mulheres não trabalham em atividades onde a força física é necessária. Por exemplo, uma mulher dos trabalhadores em metal não trabalha em uma forja e nem uma mulher da Casta dos Construtores trabalha supervisionando a construção de uma fortificação.

Normalmente mulheres trabalham como Escribas e Mercadoras. Existem também mulheres slavers (que comerciam escravos). Outra exceção é a Casta dos Physicians (Clínicos), que restringe a mulher em um aspecto. A Casta não permite que a mulher pratique medicina até que ela tenha dado a luz a dois filhos.. Em muitas cidades, com a idade de quinze anos, a mulher desta Casta coloca dois braceletes. Cada um é removido no nascimento de um filho. Quando os dois são removidos, ela é autorizada a praticar. A razão por trás disso é um entendimento de que a mulher profissional tende a não se pré-produzir. Isso, então, contribuiria para diminuir a quantidade e a qualidade da Casta. Assim, a regra ajuda a preservar o futuro da Casta.

O futuro da Casta é de vital importância para os Goreanos. O bem estar da Casta é prioritário às ambições de um indivíduo específico. O bem estar de um grande número de indivíduos é mais importante que o bem estar de um pequeno número. Casta é crucial para os Goreanos de uma maneira que aqueles da Terra não podem compreender facilmente. A importância da Casta para os Goreanos não pode ser subestimada. Assim, essa lógica por trás da restrições das mulheres da Casta dos Physicians poderia ser aplicada também à Casta dos Guerreiros.

Por que a Casta dos Guerreiros permitiria que mulheres arriscassem suas vidas em combate? Existiria muito mais mulheres morrendo em combate, do que poderia ser suprido com novos nascimentos. Além disso, mulheres mortas não poderiam criar as crianças já existentes. Os Goreanos gostariam que seus filhos crescessem com suas mães. Com o bem estar da Casta em xeque, os Guerreiros não poderiam permitir que suas mulheres entrassem em combate. Além do mais, as próprias mulheres não gostariam de colocar em risco o bem estar da Casta, portanto elas aceitariam o papel destinado a elas. Esse pode ser um dos mais fortes argumentos contra mulheres guerreiras.

Existem algumas diferenças chave entre Altas e Baixas Castas. Primeiro, cada uma aprende um tipo diferente de conhecimento sobre o seu mundo. As Baixas Castas aprendem o Primeiro conhecimento, que é um conhecimento simples, com um bom número de falsidade e meias verdades. Eles aprendem que o mundo é plano e não são ensinados sobre a existência da Terra. As Altas Classes têm o Segundo Conhecimento. Eles sabem sobre a Terra e muito sobre a verdadeira informação sobre Gor, apesar de saberem muito pouco sobre a verdadeira natureza dos Priest Kings. Existe um Terceiro Conhecimento pertencente aos Priest Kings, um conhecimento que contém muitos segredos de Gor.

Aso Castas baixas são muito supersticiosas, normalmente. Relutam muito em revelar seu verdadeiro nome. Têm um nome para usar e outro, o verdadeiro. Frequentemente apenas os parentes sabem o nome real. Somente as Altas Castas usam o nome real, apesar das Baixas acharem que eles têm nomes de uso. Saber o verdadeiro nome supostamente daria um poder, uma capacidade de usa-lo em feitiços e práticas mágicas insidiosas. Muitos das Baixas Castas acreditam em magia e que algumas pessoas podem ler pensamentos. Eles acreditam nas estórias de magos e monstros de Anango.

Existe um sotaque que diferencia as Altas e Baixas Castas, apesar de algumas castas mais graduadas de artesãos falarem quase da mesma maneira que as Altas Castas. Analfabetismo é comum em Gor e não é julgado como marca de estupidez ou ignorância. A alfabetização usualmente segue as linhas de casta e muitos Goreanos das Baixas Castas não podem ler. Mesmo alguns das Altas Castas são analfabetos, principalmente guerreiros. Alguns guerreiros sentiriam que não deveriam ser analfabetos e escondem esse fato.

O Sistema de Castas é vital para o funcionamento apropriado da sociedade Goreana. Esse Sistema contribui consideravelmente para a estabilidade da sociedade. Ele reduz o caos competitivo social e econômico e previne o direcionamento de inteligência apenas para um pequeno número de ocupações de prestígio. Ao fazer cada Casta importante e incentivando uma atitude de que o bem da Casta se sobrepõe às ambições individuais, as pessoas tendem a permanecer em suas Castas. A sociedade Goreana não é uma batalha constante pela ascensão social.



Escravidão

Em Gor escravidão é uma instituição complexa, com centenas de aspectos e facetas legais, econômicas, sociais e estéticas. É outra instituição secular e com uma longa história de desenvolvimento. A mitologia Goreana providencia uma estória justificando a criação da escravidão. Muito tempo no passado, existiu uma guerra entre homens e mulheres em Gor. As mulheres foram derrotadas. Mas os Priest Kings não quiseram que todas as mulheres morressem, então as fizeram bonitas. Mas pelo preço de sua beleza, os Priest Kings decretaram que para sempre elas teriam que ser escravas dos homens.

Muito tempo atrás existiram uma série de guerras chamadas de "Slave Wars" (Guerras das Escravas". Elas ocorreram entre várias cidades das latitudes centrais, por um período em torno de uma geração. Apesar de envolverem a escravização em larga escala, existiram outras cais, como o lançamento de impostos e o controle de rotas comerciais. Muitas das leis mercantis sobre escravidão surgiram ao longo dessas guerras. As guerras também desenvolveram alguns dos padrões que definem uma escrava como mercadoria.

Goreanos veem escravidão como uma instituição absolutamente natural. A escravidão tem suas bases nas diferenças biológicas entre homens e mulheres. A dominância masculina permeia os mamíferos e é universal entre os primatas. Homens veem essa situação como seu direito de ser dominante. Muitas mulheres também sentem isso como verdade. Escravas são muito satisfeitas com o seu cativeiro. mesmo que inicialmente elas possam se rebelar contra a ideia, elas vão deixando isso de lado e se entregando à escravidão. Feminismo não existe em Gor. Quase não existe um Goreano que queira dar fim à escravidão.

Escravidão é uma parte econômica importante da sociedade Goreana. O negócio da escravidão mantém muitas Castas trabalhando. Desde os trabalhadores em metal, que criam o aço para as coleiras, aos perfumistas, quase todas as castas se beneficiam da escravidão. Mesmo os camponeses se beneficiam, usando escravos como bestas de carga. Os escravos realizam muitas tarefas em Gor, dos campos às cidades. Sem a instituição da escravidão, existiria um enorme buraco econômico na sociedade Goreana.

A primeira coisa a considerar é que a escravidão não foi instituída somente para trazer prazer ao homem. A escravidão tem muitos outros efeitos que permeiam a sociedade. Não se pense apenas nas "paga slaves" (escravas das tavernas de paga).  Deve se pensar nas várias garotas com panelas e potes trabalhando, nas escravas dos camponeses semeando o campo, nos escravos da cidade limpando ruas e trabalhando em lavanderias públicas. A escravidão é vasta e tem muitos aspectos. A escravidão em Gor vai muito mais longe do que meramente sexo.

Tradução

Petrov Yatsenko
Scribe de Gor
Admin de Hulneth
( SL Gor)


Edição
rati de Raduh

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